A complexidade da luminotécnica em arquitetura de interiores

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A complexidade da luminotécnica em arquitetura de interiores

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Calli Arquitetura

2 de dezembro de 2020

Planejar a iluminação artificial dos ambientes é uma das etapas mais importantes dos projetos de arquitetura de interiores. Enquanto a incidência de iluminação natural é controlada a partir da especificação de brises, vidros especiais, películas, cortinas ou persianas, a iluminação artificial requer um planejamento mais criterioso. “Um projeto luminotécnico mal elaborado pode provocar desconforto e prejudicar a saúde do usuário, além de gerar um consumo excessivo de energia elétrica”, alerta o arquiteto Rafael Caramori, titular da Calli Arquitetura.

Segundo ele, a luminotécnica deve ser específica para cada ambiente, considerando o tipo de uso e o tempo de permanência do morador naquele local. O arquiteto exemplifica a questão citando uma dúvida comum a muitas pessoas: luz quente ou luz fria? “A quente emite luz amarelada e é recomendada para locais onde o interesse é proporcionar maior conforto visual e sensação de aconchego”, explica. As frias são indicadas para ambientes que exigem atenção e melhor visibilidade, como cozinhas, lavanderias e escritórios. “Porém, nós evitamos o uso de luz fria, mesmo nesses ambientes, pois ela costuma causar desconforto. Para esses espaços, optamos por lâmpadas com temperaturas de cor entre 3.000 e 4.000k”, ressalta.

A influência da temperatura de cor sobre o usuário do espaço pode ser percebida especialmente nos restaurantes. “Naqueles que priorizam o atendimento rápido, como os de redes fast food, a luz branca é predominante, em quantidade e intensidade, para que o cliente sinta a vontade de deixar o local rapidamente”, afirma Rafael. Já nos que oferecem serviço à la carte, onde a permanência demorada do cliente é desejada, a luz é quente, proporcionando sensação de conforto e aconchego.

Distribuição dos pontos de luz

Outra questão a ser considerada nesse planejamento é a distribuição dos pontos de luz. Na cozinha, é mais importante ter iluminação sobre a área de trabalho, com fitas de LED, por exemplo, do que um ponto central no ambiente. No espaço de estar, é preciso cuidado com as lâmpadas direcionadas para quadros e objetos decorativos, pois, conforme o ângulo, elas podem causar desconforto.

Importante acrescentar que as lâmpadas já não são mais as vilãs em relação ao consumo de energia elétrica. “Há opções de dicroicas, hoje em dia, que consomem 90% menos energia, por exemplo”, cita Rafael. Esse tipo de conhecimento é fundamental para proporcionar redução do consumo de energia e aumento da eficiência energética.

O arquiteto destaca, ainda, a importância da atenção às regulações do setor, considerando as normas específicas, como a Norma de Desempenho (NBR 15.575). “A qualidade do projeto de arquitetura de interiores e do projeto luminotécnico, assim como a especificação correta dos materiais são determinantes para a garantia do conforto e bem-estar do usuário e da eficiência energética da edificação”, reforça Rafael.

 

Foto: Rafael Ribeiro | Calli Arquitetura

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Calli Arquitetura

2 de dezembro de 2020

A Calli Arquitetura está no mercado desde 2005, desenvolvendo projetos e realizando sonhos. Seguindo a expressão do nome – Calli, que significa casa na linguagem asteca, o escritório tem esse segmento como carro-chefe: o residencial, com ênfase em arquitetura de interiores. O propósito é a criação de um lar, essência da Arquitetura.

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