Projeto de arquitetura de interiores finalizado, minuciosamente planejado, é hora de iniciar as obras. Esse é o momento crucial entre a realização de um sonho e o início de um pesadelo. A etapa de execução do projeto pode colocar tudo a perder e, acima de tudo, pode roubar alguns dos maiores ativos dos clientes: tempo e tranquilidade. Afinal, lidar com contratação de mão de obra, controle de prazos e desperdícios, entregas de produtos e materiais e com eventuais atrasos e falhas no processo é uma das atividades mais complexas e estressantes.
“O cliente deve refletir sobre quanto vale o seu tempo e a sua tranquilidade nessa tomada de decisão. E ele perceberá que contratar um arquiteto para o gerenciamento da obra representará a melhor relação custo-benefício”, considera a arquiteta Silvana Magarin, titular do escritório Calli Arquitetura, da Grande Florianópolis, ao lado do arquiteto Rafael Caramori. O arquiteto é o profissional que mais conhece o que será executado e, por isso, é o mais indicado para assumir o gerenciamento da obra. “O resultado é agilidade no processo, qualidade da obra, fidelidade ao projeto arquitetônico, segurança na edificação e, principalmente, tranquilidade para o cliente”, complementa Rafael Caramori.
Eficiência e responsabilidade
“O arquiteto assume a responsabilidade por qualquer sinistro ou avaria que eventualmente ocorrer durante a obra, além da contratação e do gerenciamento da mão de obra qualificada”, explica Silvana. Por acionar uma equipe de mão de obra com a qual já está acostumado a trabalhar, o arquiteto gestor de obras garante maior eficiência e produtividade ao processo e a consequente redução de desperdício – um dos maiores desafios da construção civil em geral.
Um exemplo de desperdício foi uma experiência vivenciada por Rafael e Silvana à frente da Calli Arquitetura há cerca de oito anos. Eles foram acionados para resolver um problema provocado por uma empreiteira de mão de obra que havia sido contratada por um cliente para a execução de uma área de lazer indicada por um vizinho. “A estrutura metálica estava mal instalada e foi necessário refazê-la. Ao cortar a estrutura para os ajustes, a equipe da empresa não recolheu as sobras de metal, que ficaram sobre o piso de porcelanato. Como choveu muito naquela noite, o metal provocou manchas de ferrugem em diversas peças do piso e, também, no vidro do peitoril”, conta Rafael. A Calli Arquitetura assumiu, então, o gerenciamento da obra, iniciando pela resolução desse problema, com a troca das peças danificadas. “Além do desperdício do material, o cliente sofreu perdas financeiras e enfrentou muita ‘dor de cabeça’”, acrescenta Silvana.
A tranquilidade para o cliente é garantida pela responsabilidade assumida pelo arquiteto no gerenciamento da obra. Essa responsabilidade é, inclusive, formalizada a partir da emissão do Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) de execução de obra de arquitetura ou de gerenciamento de obra, entre outros tipos, junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
Orçamento e prazos
Outras vantagens da contratação de um arquiteto para o gerenciamento da obra são o planejamento das compras e o controle do cronograma de entregas dos fornecedores, a conferência e teste dos produtos e materiais adquiridos pelo cliente e a atenção redobrada ao orçamento e ao prazo final. “Nós mesmos desembalamos os produtos, verificamos a qualidade e, em caso de alguma avaria, fotografamos, filmamos e enviamos para o fornecedor. A solução é imediata e poupa o cliente desse transtorno”, detalha Silvana.
O arquiteto tem olhar treinado e, por experiência, ele sabe exatamente quais são os pontos críticos da obra, em construções e reformas. Além disso, ele tem o compromisso de garantir fidelidade ao projeto arquitetônico, contribuindo para a materialização do sonho do cliente, poupando-o de preocupações e dores de cabeça.
Na imagem, detalhe da decoração de um ambiente de apartamento projetado pela Calli Arquitetura.
(foto: Mariana Boro / Acervo Calli Arquitetura)
